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Fórum da federação paulista discute contratação de pessoas com deficiência


A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho foi discutida durante o 2º Fórum Sou Capaz, realizado de 21 a 23 de novembro, na capital paulista, na 5ª Mostra FIESP/CIESP de Responsabilidade Socioambiental. Durante a exposição foi apresentado o relatório O Cenário do Trabalho da Pessoa com Deficiência no Estado de São Paulo, produzido pelo Departamento de Ação Regional (Depar) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

“Como muitas indústrias tinham problemas com a fiscalização e dificuldades para cumprir a Lei nº 8.213/91, a Lei de Cotas, o Depar passou a trabalhar com a valorização das pessoas com deficiência”, disse a coordenadora do Programa Sou Capaz, Cristiane Gouveia.

O programa da FIESP foi desenvolvido para facilitar o cumprimento da Lei de Cotas, que determina a contratação de pessoas com deficiência, de 2% a 5% do total do quadro de funcionários.

Realizado com base nos dados levantados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Organização Mundial da Saúde (OMS), o relatório tem por finalidade viabilizar a contratação das pessoas com deficiência e realizar um trabalho de retenção delas nas empresas.

Também faz parte da proposta identificar em que setores e ocupações essas pessoas podem trabalhar na indústria. “Alguns setores são insalubres e perigosos e o relatório indica categorias de deficiências que são adaptáveis”, explicou Cristiane. Segundo ela, o relatório será realizado e aprofundado a cada dois anos, com abordagem, a cada semestre, de um setor.

Conforme dados da Rais, em 2010, possui 12.873.605 empregos formais, dos quais 100.305 são de pessoas com deficiência habilitadas ou reabilitadas. Deste número, a indústria contratou 37,36%. De acordo com o estudo do Depar, a indústria ocupa a segunda colocação no ranking de contratações, atrás apenas do setor de serviços e administração pública. As pessoas com deficiência física e auditiva foram as mais absorvidas pelo mercado, devido à facilidade de adaptação.

Para a diretora-titular do Comitê de Responsabilidade Social da FIESP, Eliane Belfort, o Programa Sou Capaz subsidia a discussão do tema. “As pessoas capazes são as que buscamos para a indústria, e estamos trabalhando as diversidades”, afirmou. Ela frisou ainda a importância das políticas estruturantes. “Essas políticas diminuem a vulnerabilidade social e aumentam a capacidade de geração de renda ao longo do tempo”, analisou.

Fonte: Agência CNI

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